Imagine um fio enorme de barbante que neste
exato momento está sendo enrolado em uma bola qualquer. Transpassado por todos
os lados, ângulos e posições possíveis, de tal forma que, aparentemente, não há
maneira de saber aonde ele vai chegar e por onde está indo. Pronto, formou uma
bola de barbante.
Agora, imagine que alguém está segurando em
uma das pontas deste barbante e acaba de jogar a bola para frente. De um minuto
para o outro você consegue ver tudo o que não conseguia antes. Agora, você já sabe
exatamente onde está o início, o meio e o fim.
Ok. Muitos vão achar que eu estou
enlouquecendo e devem estar se perguntando por que acabaram de perder seu
precioso tempo lendo a inútil besteira escrita acima. Mas... Calma! A questão é
que esse foi o único modo que consegui encontrar para explicar como me sinto
diante de alguns livros de suspense.
O barbante
representa a história, que vai criando diversos acontecimentos em que acabo por
não conseguir desenrolá-los. E de uma página para a outra, o autor desvenda os mistérios
com tanta facilidade, numa espécie de explosão literária, tudo o que antes não
fazia sentido, agora as palavras se encaixam e fluem naturalmente.
Poucos autores tem o dom de fazer isso
acontecer. A maior parte se restringe apenas em criar mistérios previsíveis.
Mas há aqueles que surpreendem, e em histórias aparentemente sem graça,
descobrimos o sabor do verdadeiro mistério!
Acho que devo ter lido no máximo três
livros assim. Dentre eles destaco sem hesitar “O céu está caindo” e “Fortaleza
digital”. E vocês? Já conseguiram se deliciar com o sabor de mistérios
totalmente imprevisíveis? Quais? Comentem!
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