Passam as horas, passa o tempo, passa a vida...
Analisando os ponteiros do relógio se movimentando – movimento um tanto
rotineiro com certa monotonia.
Percebe-se a repugnante importância que damos aos
horários – ao tempo. Muitas vezes o tempo acaba sendo mais importante do que
o próprio ato de viver.
Uns vivem de lembranças do passado, ficando presos há
tempos que já se foram. Esquecendo-se de viver o que realmente importa. Outros se preocupam muito com o tempo futuro fazendo de
tudo pra garantir uma boa vida, mas esquecem de viver o presente.
Só que o tal futuro nunca chega e o tal indivíduo que
lutava pra para ter um bom destino acaba nunca vivendo de verdade...
Quando crianças o tempo pouco importava. Só marcava o período entre uma brincadeira e outra. Só determinava a hora de brincar na rua e o momento da brincadeira no tapete de casa.
Na adolescência a vontade de crescer e a espera pelos primeiros sinais de maturidade tornavam lento o passar das horas. É o momento da vida onde o relógio parece estar com pilhas fracas devido à velocidade com que se mexiam os ponteiros.
Na idade adulta parece não haver mais tempo pra nada.
São tantas necessidades e obrigações que às vezes não se encontra tempo nem
para a felicidade...
No fim não passamos de estranhos seres que precisam do
tempo para viver, mas acabam sendo controlados pelo mesmo.
O tempo – os horários eram para ser benéficos. Ao menos
na teoria é assim. Uma ferramenta de ordem, talvez. Contudo, acabamos
reféns de algo criado por nós mesmos.
Willian Rannow Budke
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